Restaurante Vila Lisa

Críticas

“...uma criação do Vila, na cozinha, e do Lisa, na sala e na ordem possível que convém a todo o caos. (...) Só dois algarvios, orgulhosos de o ser, fiéis às suas raízes e à sua cultura e de uma absoluta generosidade, poderiam ter mantido, contra nortadas e suestadas, ventos de areia e “surtos de progresso”, aquela Adega tal qual como nasceu no primeiro dia (....) eles ali continuaram, 40 anos de fidelidade e teimosia a fio, entre as paredes brancas caiadas “à colher” da sua casinha-tasca, eternamente igual, ternamente igual. ”
"Na Mexilhoeira Grande uma tasca de seu nome Vila Lisa vem comemorar 25 anos de existência. E chamo tasca porque o é, mas também para marcar desde logo uma diferença nesse Algarve do turismo uniformizado onde predomina a vulgaridade empresarial, urbanística, ambiental e cultural."
Leonel Moura
Jornal de Negócios
"Deve-se ao António-Pedro Vasconcelos um dos maiores disparates cometidos nos últimos anos neste país: ter revelado a toda a gente, através de uma crónica…., a existência dessa pérola culinária que é o Vila Lisa, no barlavento algarvio…..Mas ninguém me tira a mim a década de cultura culinária que já levo de frequência do Vila Lisa e que um dia mais tarde hei-de poder contar aos meus netos: Era uma vez, no Algarve, um restaurante….”
Miguel Sousa Tavares
Revista Grande Reportagem
A Adega Vila Lisa tem uma realidade própria, genuína , parecida com uma peça de tetro do Ibsen na qual todos temos um papel, nem que seja simplesmente o de estar presentes. (...) O Vila Lisa serve de plataforma clara para os orgulharmos do melhor que existe no nosso país e nos diferencia do resto do mundo: os usos e costumes da boa gente...
Alfredo Mendizábal
Independente
"No Vila Lisa não há carta. O que de melhor houver no mercado o que será servido ao jantar, e todos comem os mesmos pratos que são servidos numa cadência menu-dégustaçao (…) como segundo prato foi-nos presente uma lula ovada, cozida no ponto, apenas temperada com a sua tinta preta e um fio de excelente azeite. Uma perfeição (…)"
Alfredo Saramago
Revista Evasões
(...)Hoje, o Vilalisa é um "must" algarvio. Especialmente para quem passa férias no Barlavento, mas vem gente de toda a parte. Gente que faz centenas de quilómetros acorrentada à gula. O curriculum do Vilalisa é hoje invejável. De Mário Soares a Zita Seabra, de Eduardo Barroso a Emídio Rangel, de Margarida Marante a Laurinda Alves, de Carlos do Carmo a Alfredo Saramago, de António Tavares Teles a António Boronha, de Carlos Vale Ferraz a Alfredo Barroso - destes pode o autor destas linhas dar testemunho directo. Mas Cavaco também já passou por lá e não foi para mastigar bolo-rei de boca aberta, assim como Cunhal. Guterres é que "é mais missas", ironiza-se no Vila. O rol é grande, mas o Vilalisa começou a internacionalizar-se quando um dia Serge Gainsbourg entrou sóbrio e saiu meio trôpego. (...) A estrela de Hollywood adorou a comida. (...) Chama-se Robert De Niro e é mais um amigo do Vila da Mexilhoeira Grande."
José Alberto Lemos
Público
"O segredo do Vila é não fazer batota, tudo parecer simples nas mãos deste prodigioso feiticeiro da Mexilhoeira."
António Valdemar
Diário de Notícias
"(...) Entre os muitos exemplos desse compromisso inteligente entre inovação e tradição a referência a dois casos que surpreendem pela forma como têm conseguido fazer da sua marca um selo de qualidade reconhecida - no interior algarvio, o Vila Lisa (...), a afirmação de um conceito de experiência que se consegue manter estável mesmo em tempo de crise e contribuir para a promoção de uma cultura de saber fazer bem, (...)".
Um grande na Mexilhoeira. Onde se adrega, diga-se já , uma culinário excelente e inesperada.
José Quitério
Expresso
Um baú de tesouros gastronómicos de genuína origem algarvia.
Malin Lofgren
Jornal Regional, Barlavento
Mais do mesmo e ainda bem , É bom saber que há lugares que pouco mudam e que acima de tudo mantêm a sua essência e integridade.
Miguel Pires
Diário Económico
Vila Lisa a qualidade de sempre , mantém intacta a filosofia que fez a fama da casa: não se servem grelhados, só petiscos de cozinha cozinhada . Mantem-se também a noção do tempo de serviço (...) tudo flui com grande serenidade e descontração.
David Lopes Ramos
Público
Do VilaLisa fica sempre para o neófito a riqueza das observações , o método do bem-servir sem as circunstâncias das coisas pesadas , formais, com enorme carga de etiqueta. A refeição evolui num estilo suave , solto, de grande eficácia comunicativa . VilaLisa sintetizam o saber humano com a simultaneidade do trato e da força da mesa . São uma autentica enciclopédia da cultura regional . (...) visitar a sua adega é uma aventura exótica que muito se recomenda, seja neste período de férias sem em qualquer outra altura do ano .
Viegas Gomes
DN

Livro

“(…) se não tivesse tido o prazer de conhecer, conviver e juntar à mesa , ombro a ombro, gente que comigo comungou no aplauso da cozinha algarvia, volúpia partilhada por gente anónima que ao longo de anos sacralizou o contentamento de estar à mesa. Pois, à mesa ninguém envelheceu! (…) Tal como a cozinha tradicional não é uma cozinha de autor, este livro não poderia deixar de ser, também ele, uma obra colectiva, (…)” Vila.

FICHA TÉCNICA

Título: Coisas da Terra e do Mar, Sabores da Cozinha Algarvia

Autor: José Duarte Martins da Silva

Fotografias: João Mariano

Ano de Publicação: 2001

Editora: Oficina do Livro

ISBN: 972-95465-3-3

(Esgotado)

(...)Mas, acima de tudo, o que mais marca este livro é a infinita ternura com que o seu autor fala do seu tempo, dessa terra e dessa gente de cuja memória ele é o último dos guardiões. Muito mais que um simples livro de cozinha, este é um livro de homenagem a um Algarve de uma imensa e irreproduzível dignidade.
Miguel Sousa Tavares
(...) Mas o Vila fez-me reconciliar com o Algarve desde esse ano de 82, não houve um Verão que não passasse nas imediações da Mexilhoeira , e poucas as noites que não fui jantar ao VilaLisa , ao ponto que um amigo meu afirma que eu sou “o único dos mortais que passa férias num restaurante”.
António-Pedro Vasconcelos
Ando a reler um livro que me deixa em paz: Coisas da Terra e do Mar (Sabores da Cozinha Algarvia) do grande cozinheiro José Vila. As receitas são escritas com o génio da simplicidade e do bom gosto, fixando os pratos sem olhar a pretensões, modas ou conveniências. Fica-se cheio de fome por aqueles pratos insubstituíveis. Por outro lado, a generosidade com que Vila partilha a sabedoria garante que qualquer boa cozinheira consegue reproduzi-los com êxito, desde que tenha à mão os bons dos ingredientes. É um livro para quem gosta de ler e de imaginar. Está cheio de surpresas e de ensinamentos que não estão em mais nenhum outro sítio.
Miguel Esteves Cardoso
Público

Durante a feitura do livro -cujas fotografias me deu a honra de realizar- foram longos os dias na sua companhia e na do Lisa.
Fotografar, comer, beber, fumar e conversar (não necessariamente por esta ordem) foram a receita para a boa disposição. Na minha memória está sempre o gosto de me ter sentado à mesa com eles, João Mariano.

Todos os agradecimentos à autoria das fotos de João Mariano, 1000 olhos.

A sua experiência